segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mercado imobiliário mundial melhora no 2º trimestre

Face a um cenário de melhoria na economia global, o imobiliário terciário está a revelar sinais de recuperação. «Os yields começaram a comprimir, os investidores começam a investir, principalmente na Ásia, e os ocupantes começam a reagir aos custos», lê-se na última edição das «Perspectivas Globais de Mercado» da empresa de imobiliário Jones Lang LaSalle.
Segundo a análise, os mercados financeiros de imobiliário começam a evidenciar custos menores no empréstimo de capital. Exemplo disto é a venda de acções de 5,45 por cento pelo Simon Property Group nos EUA e os três financiamentos de 280 milhões de euros da ProLogis na Europa.
O estudo indica ainda que os proprietários com empréstimos imobiliários com potencial para recuperar capital a curto prazo estão a tentar alargar o prazo dos seus financiamentos ou alterar as suas condições, o que, segundo a empresa, acaba por resultar em condições mais favoráveis do que as que estão disponíveis nos mercados de capitais.
As empresas imobiliárias estão a posicionar-se para aquisições potenciais e redução de dívida. «Os REIT¿s (fundos de investimento imobiliários) globais ganharam capitais no total de 33 mil milhões de dólares (22,5 mil milhões de euros) e emitiram 5 mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros) em dívida durante o mês de Agosto». Além disso, mais de uma dúzia de empresas norte-americanas de investimento apressaram-se a alocar capital através de Oferta Pública Inicial ao longo das semanas mais recentes, o qual se supõe que poderá ser utilizado para originar ou adquirir empréstimos na banca comercial e, desta forma, aumentar a necessária liquidez nos mercados de financiamento. Já na Ásia, mais de 40 promotores chineses e indianos estão a planear Ofertas Públicas Iniciais nos próximos meses.
Os bancos que hipotecaram imóveis estão a emergir como uma fonte simultânea de activos de investimento para venda e de financiamento a preços atractivos. O estudo refere o exemplo do Deutsche Bank, quando este disponibilizou financiamento para a venda do Worldwide Plaza em Nova Iorque.
Verifica-se também um interesse por parte de inúmeros compradores de todo o mundo em centros comerciais, com preços de mercado significativamente mais baixos.
O valor relativo do investimento em detrimento da melhoria dos indicadores do mercado, impulsionaram a transacção de imóveis. Esta tendência foi mais notória na Ásia, onde grande parte dos países revelou volumes de transacção mais elevados no segundo trimestre do que no trimestre anterior. Na Europa, a actividade transaccional subiu marginalmente no segundo trimestre, em claro contraste face às quedas que ocorreram nos sete trimestres anteriores. «Uma reviravolta nos volumes e na compressão das yields deverá ainda ocorrer no continente americano», diz a análise.
As rendas continuam a cair em todo o lado. No entanto, à excepção dos EUA, a descida evidenciou sinais de abrandamento em muitos mercados, com muitos a posicionarem-se mesmo para uma estabilização.


In: Agência Financeira

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