sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Global House Price Index 2ºT 2009

A actual situação económica mundial ainda continua a influenciar os principais mercados e, consequentemente, o valor das casas.
De acordo com o estudo elaborado pela Knight Frank, representada em Portugal pela Worx, e tendo por base os países em análise, o decréscimo médio anual do valor das casas registado no 2º Trimestre de 2009 foi de 6,5 por cento, enquanto a variação do 1º Trimestre de 2009 para os meses de Abril, Maio e Junho do presente ano foi de -2,6 por cento.
Em termos específicos, Israel surge como o país onde se verificou um maior crescimento do valor das casas, tendo-se registado tanto um aumento anual, na ordem dos 12,5 por cento, como trimestral (4 por cento). Já a Suíça mantém a subida no ranking e surge no mais recente estudo na segunda posição com um aumento de 6,1 por cento nos últimos 12 meses, tendo-se testemunhado um crescimento trimestral de 2,1 por cento.
Relativamente à Indonésia surge na terceira posição do ranking anual no aumento do valor das casas, depois de ter atingido um crescimento anual e trimestral de 2,1 e 0,7 por cento, respectivamente. Refira-se ainda que a Ilha de Jérsia (1,5 por cento), Luxemburgo (0,8) e Bélgica (0,2) foram os outros países que registaram um aumento do valor das casas numa análise anual.
No que diz respeito às maiores quedas anuais, destaque para o Dubai que surge com um decréscimo de 47,3 por cento, enquanto nos EUA e Reino Unido verificaram-se fortes quedas no preço das casas, respectivamente, 15,4 e 11,7 por cento. Já na análise trimestral, estes países apresentaram um crescimento de 1,3 por cento (EUA) e 1,1 por cento (Reino Unido), enquanto a Noruega, que registou um decréscimo anual de 1,5 por cento, apresenta o maior aumento no valor das casas nos três últimos meses, com uma percentagem na ordem dos 5,3.
Em relação a Portugal, testemunhou-se um recuo anual de 1,5 por cento, enquanto a variação trimestral – Abril, Maio e Junho de 2009 – foi de +1,7 por cento. Já em Espanha a queda anual foi de 8,3 por cento, tendo-se testemunhado ainda um recuo trimestral de 1,9 por cento no 2ºT de 2009.

In: Imobiliária

domingo, 25 de outubro de 2009

Novos interesses dos investidores

A Conferência deste mês da CB Richard Ellis sobre o Mercado de Investimento Europeu, que teve lugar na Expo Real, em Munique, revelou que a confiança dos investidores está a melhorar em grande parte da Europa Ocidental, reflectindo a melhoria das condições económicas do mercado e a forte corrida aos mercados de capitais, verificada desde Março.
Na maioria dos mercados, o interesse centra-se nos imóveis prime e tem partido dos investidores que recorrem sobretudo a capitais próprios, que operam com baixos rácios de endividamento e cujo investimento é essencialmente em imóveis prime.
A excepção à regra é o Reino Unido, onde o interesse dos investidores se estendeu do segmento prime a praticamente todos os segmentos do mercado, como consequência da falta de oferta de imóveis prime. É expectável que esta tendência se estenda a outras partes da Europa no decorrer dos próximos meses, sendo Paris provavelmente um dos primeiros mercados a alargar a procura, para incluir o segmento menos prime do mercado.
A crescente procura de imóveis prime ainda não se reflectiu nos dados relativos ao volume de negócio do mercado de investimento imobiliário europeu. Contudo, esta tendência já se reflecte nas taxas de capitalização prime. (prime yields). Estas estabilizaram no decurso do segundo e terceiro trimestres e, em alguns casos, estão agora a revelar uma tendência descendente. Em 2008, as prime yields de escritórios tinham aumentado a uma média de 25 pontos base por trimestre. A descida da yield média no segundo e terceiro trimestre deste ano revela a recuperação que se está a verificar nos preços.

In Imobiliária

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mercado imobiliário mundial melhora no 2º trimestre

Face a um cenário de melhoria na economia global, o imobiliário terciário está a revelar sinais de recuperação. «Os yields começaram a comprimir, os investidores começam a investir, principalmente na Ásia, e os ocupantes começam a reagir aos custos», lê-se na última edição das «Perspectivas Globais de Mercado» da empresa de imobiliário Jones Lang LaSalle.
Segundo a análise, os mercados financeiros de imobiliário começam a evidenciar custos menores no empréstimo de capital. Exemplo disto é a venda de acções de 5,45 por cento pelo Simon Property Group nos EUA e os três financiamentos de 280 milhões de euros da ProLogis na Europa.
O estudo indica ainda que os proprietários com empréstimos imobiliários com potencial para recuperar capital a curto prazo estão a tentar alargar o prazo dos seus financiamentos ou alterar as suas condições, o que, segundo a empresa, acaba por resultar em condições mais favoráveis do que as que estão disponíveis nos mercados de capitais.
As empresas imobiliárias estão a posicionar-se para aquisições potenciais e redução de dívida. «Os REIT¿s (fundos de investimento imobiliários) globais ganharam capitais no total de 33 mil milhões de dólares (22,5 mil milhões de euros) e emitiram 5 mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros) em dívida durante o mês de Agosto». Além disso, mais de uma dúzia de empresas norte-americanas de investimento apressaram-se a alocar capital através de Oferta Pública Inicial ao longo das semanas mais recentes, o qual se supõe que poderá ser utilizado para originar ou adquirir empréstimos na banca comercial e, desta forma, aumentar a necessária liquidez nos mercados de financiamento. Já na Ásia, mais de 40 promotores chineses e indianos estão a planear Ofertas Públicas Iniciais nos próximos meses.
Os bancos que hipotecaram imóveis estão a emergir como uma fonte simultânea de activos de investimento para venda e de financiamento a preços atractivos. O estudo refere o exemplo do Deutsche Bank, quando este disponibilizou financiamento para a venda do Worldwide Plaza em Nova Iorque.
Verifica-se também um interesse por parte de inúmeros compradores de todo o mundo em centros comerciais, com preços de mercado significativamente mais baixos.
O valor relativo do investimento em detrimento da melhoria dos indicadores do mercado, impulsionaram a transacção de imóveis. Esta tendência foi mais notória na Ásia, onde grande parte dos países revelou volumes de transacção mais elevados no segundo trimestre do que no trimestre anterior. Na Europa, a actividade transaccional subiu marginalmente no segundo trimestre, em claro contraste face às quedas que ocorreram nos sete trimestres anteriores. «Uma reviravolta nos volumes e na compressão das yields deverá ainda ocorrer no continente americano», diz a análise.
As rendas continuam a cair em todo o lado. No entanto, à excepção dos EUA, a descida evidenciou sinais de abrandamento em muitos mercados, com muitos a posicionarem-se mesmo para uma estabilização.


In: Agência Financeira